Nestes sete anos como Síndico Profissional o que mais acumula são histórias de condôminos. Sempre brincamos na roda de amigos que, quando aposentarmos, vamos escrever um livro. Mas, como um bom mineiro, não poderia deixar de contar um bom causo para vocês.
Neste ano de 2024, fui a Salvador no Empodera e, no meio da viagem, me deparo com um grupo de um condomínio relativamente pequeno, com inúmeras mensagens. Na mesma hora parei tudo e fui ver o que poderia ter ocorrido. Ao ler o corpo das mensagens, me deparo com pedido nada comum de um morador.
“Síndico Guilherme Esteves, vi um vulto no corredor do andar x e quero um posicionamento do que será feito pelo condomínio para resolver essa situação”.
Na hora, juro, que achei que era uma brincadeira. Não dei muita atenção a pergunta e partiu praia. Cerca de umas duas horas depois vou olhar o Wattsapp para ver se havia alguma demanda de algum condomínio e, por curiosidade, volto ao grupo daquele condomínio. E o espanto vem: cerca de 3 moradores se juntaram, mapearam, não sei como, e descobriram de quem era o vulto, quando havia falecido e onde era a sepultura.
Realmente tinha uma nova formação de caça fantasmas naquele condomínio.
Ficaram de marcar uma missa para a pobre alma.
Não sei até hoje se a missa foi realizada, mas o cadastro do novo morador foi passado. Rsrsrs.
Brincadeiras à parte, o que mais precisamos nessa profissão é saber ouvir. Muitas das vezes o morador quer só desabafar, precisa de um pouco de cordialidade, pois está com diversos problemas e o Síndico acaba sendo seu psicólogo.