De onde vem e o que é o exatamente o condomínio
De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, Michaelis, o termo “condomínio” se refere à “coisa indivisa (prédio), cuja propriedade pertence a duas ou mais pessoas” ou ao “domínio que pertence a duas ou mais pessoas juntamente; compropriedade, copropriedade”.
As expressões mais comuns, presentes no mesmo dicionário, são o “condomínio clube” e o “condomínio fechado”. O primeiro trata de “condomínio residencial de classe média alta com bosque para passeios, praças e jardins, quadra de esportes, academia de ginástica, piscina, sauna, bar, restaurante, cozinha comunitária, sala de jogos e outros serviços”. O segundo, por sua vez, define-se como um “conjunto de blocos habitacionais ou casas protegidos por sistemas de segurança que controlam o acesso de pessoas e veículos às suas dependências”.
Etimologicamente, a palavra “condomínio” vem do latim “domus”, que significa “casa”, cujo proprietário, ou “senhor”, era chamado em latim de “dominus”: aquele que dominava, controlava e comandava todos os que viviam na propriedade.
Com o passar do tempo e o crescimento das propriedades, esse comando passou a ser exercido por mais uma pessoa. Tal conjunto de pessoas, então, formava um “co-domínio”, termo que evoluiu para o conhecido “condomínio”. Portanto, o termo faz referência essencialmente ao controle que diversos “donos” têm sobre uma propriedade em comum.
Há poucas expressões equivalentes, como “compropriedade”, “copropriedade” e “propriedade indivisível”. Ainda não temos sinônimos perfeitos. Nenhuma outra palavra consegue expressar com exatidão toda a singularidade e complexidade desse fenômeno social que é o condomínio, o que nos mostra o quanto ainda temos a caminhar nos estudos e pesquisas sobre ele.
Cecília Egito é professora e revisora de texto em Língua Portuguesa, com prática nas duas atividades há quase duas décadas. Doutora em Estudos da Linguagem e mestre em Letras pela PUC-Rio, graduada em Letras pela Uerj.
