Profissionalização dos síndicos
A profissionalização do síndico está em alta, acredito que devido ao tempo da pandemia, onde as pessoas foram cerceadas de ir e vir de suas casas. O livre arbítrio regrado pelos síndicos, com base nas decisões governamentais, ampliou a visão dessa área, que está em expansão, ou seja, nunca se ouviu e viu falar de tantos cursos de formação para essa área, bem como eventos para atrair mais pessoas para esse mercado.
As boas práticas são diferenciais para uma gestão de excelência, e investir nesses cursos aumenta e enobrece as competências para quem trabalha de forma eletiva. O mercado remunera relativamente bem os que têm qualificações comprobatórias, como ATAS de prestação de contas e relatórios de execução de atividades desafiadoras. Afinal, um síndico precisa ter conhecimento de várias áreas, como por exemplo civil, ambiental, criminal, penal, elétrica, hidráulica, automação e principalmente segurança, que exige muito do síndico, sendo que 50% do sucesso na segurança dependem da coletividade, ou seja, condôminos e moradores.
Recentemente, participei de um curso prático para síndicos em São Paulo. Neste curso, síndicos com mais de duas décadas de experiência ensinaram e explicaram tudo referente ao dia a dia dentro de condomínios reais, com problemas reais. A vida como ela é! Como todo trabalho tem ônus e bônus, a sindicatura não é diferente.
Este curso trouxe uma semana de labuta, cultura e principalmente desenvolvimento real, desvirtualizando o real trabalho desse cargo, fundamental para uma comunidade conviver e viver com bem-estar e valorização patrimonial. O aprimoramento e a valorização da função são essenciais para entregar aos “condoclientes” um trabalho com qualidade, assertivo, e compartilhado com o corpo diretivo, para mostrar a transparência e lisura do mandato. Essa prestação de serviços está crescendo muito. Os bons profissionais dessa área precisam evoluir para se destacar no mercado, trazendo inovações, sempre se atualizando para atender a demanda de cada cliente/condomínio.
E dessa forma, com tantas informações, os “condoclientes” (leiam-se condôminos e moradores), não são mais inertes as decisões de uma única pessoa, hoje é comum criar comissões para auxiliar nas tarefas dos síndicos. Atingindo uma massa maior dentro do condomínio e trazendo uma aprovação ainda maior para o síndico eleito.
Pamela Brusco é síndica há três anos, e atua há um ano como síndica profissional. Possui formação em Administração, cursos de síndicos presencial e virtual.