Energia limpa, barata e sem culpa

Energia fotovoltaica já é realidade nos condomínios

 
Rafael Velloso

Condomínios novos e modernos investem pesado em propostas capazes de aliar princípios da sustentabilidade e boas doses de economia. Neste fértil campo, a energia solar é uma das soluções mais procuradas. Mas e para os condomínios já existentes? Será que também para eles vale a pena investir na geração de energia limpa? Em quais casos? Ao menos para as áreas comuns? “Vale muito a pena investir em geração de energia fotovoltaica. Primeiro, porque os condomínios podem até ‘zerar’ suas contas das áreas comuns com um retorno sobre o investimento em até três anos. E segundo, que é uma energia limpa e sustentável”, afirma Rafael Velloso, síndico profissional e gestor de negócios da empresa Rava Soluções Condominiais.

Ele garante que, mesmo que o condomínio não tenha a área necessária para a instalação do projeto, de forma que possa gerar energia suficiente para cobrir 100% do consumo, deve-se analisar a possibilidade de redução parcial dessa vultosa despesa – geralmente a terceira maior dos condomínios. Por outro lado, nos casos em que a área para instalação do projeto é maior do que a média de consumo, é possível que o saldo da geração seja rateado para os moradores, em suas unidades. “Essa é a única exceção prevista na lei de geração distribuída relativa a rateio, uma vez que a lei determina que o compartilhamento de produção só pode acontecer para o mesmo CPF ou CNPJ”, conta.

Rafael garante que os painéis estão cada vez mais potentes, com inovações para gerar mais energia, e que foi registrada uma queda dos custos em torno de 15%. No entanto, em outubro último, ocorreram aumentos devido à crise de energia na China e Europa e a falta de containers, fatores que encareceram o frete. Ainda assim, vale afirmar que os painéis estão cada vez mais acessíveis. “Sem falar que hoje há diversos formatos para financiamento dos projetos, além de locação e/ou arrendamento, o que facilita o acesso aos condomínios que, em geral, não dispõem do valor do investimento inicial”. Mas qual o custo médio dessa instalação? “Vai depender de cada projeto. O custo por KWp, a medida usada, pode variar de R$ 3 mil a R$ 6 mil, dependendo da potência, da qualidade e da eficiência dos equipamentos, dos insumos necessários e do pós-venda de cada empresa.”

E começam a surgir outros incentivos. No Estado do Rio de Janeiro, está tramitando na Assembleia Legislativa o Projeto do IPTU Verde, com o objetivo de estimular a pequena geração distribuída. “Em Minas, onde se verifica a maior produção de energia fotovoltaica do país, há uma grande evolução das prefeituras em ceder incentivos no chamado IPTU Verde”, conta Rafael, destacando seu compromisso de sempre levar a energia eficiente para todos, onde houver necessidade.