Segurança: Um tema que merece atenção dos condomínios e do síndico!
Ricardo Trajano
Como ela pode impactar a vida de um condomínio? Como zelar pela segurança no seu condomínio? Quais são os maiores cuidados na hora de planejar a segurança? Essa e outras perguntas foram feitas pelo repórter da Revista dos Condomínios para um especialista em segurança patrimonial, Ricardo Trajano, com mais de 30 anos de experiência no setor imobiliário.
Repórter da Revista dos Condomínios: Por que aumentar os investimentos em segurança nos
condomínios?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Tenho 32 anos de experiência no setor de segurança para condomínios.
Sejam eles residenciais, mistos ou comerciais. Os dispositivos quando colocados nos condomínios servem como barreiras para dificultar a entrada de pessoas não autorizadas.
Repórter RDC: Quais os dispositivos mais comuns e importantes no setor de segurança?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Os mais comuns são as câmeras, sensores eletrônicos de presença, sensores eletrônicos para evitar que pulem um muro e outros dispositivos eletrônicos. Mas o grande diferencial sempre será o ser humano treinado e capacitado periodicamente.
Repórter RDC: Qual a necessidade desse treinamento periódico e qual o tempo dessa periodicidade?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: O treinamento que é realizado na minha empresa é realizado a cada três meses, que dá um total de 4 treinamentos ao ano. A necessidade de você estar capacitando em períodos regulares é a massificação dos procedimentos internos ao condomínio em relação as suas rotinas. Isso aplicado não apenas aos porteiros, quanto aos seguranças que porventura trabalhem nesse condomínio.
Em relação aos condôminos é necessário que sejam chamados a participar dos treinamentos e palestras para que o esforço em conjunto possa surtir um efeito mais efetivo. Por exemplo, se o condômino chega ao condomínio com carro diferente (alugado ou comprado recentemente) ele será barrado o que vai causar estresse e constrangimento ao funcionário. O condômino, por regra, deve avisar com antecedência de 24h, se possível, para aumentar o grau de segurança de todos. Se uma pessoa quebra a regra põe em risco todo os condôminos.
Repórter RDC: Você poderia contar algum caso que possa ilustrar esse tipo de situação?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Um condomínio da Zona Norte em que atuamos em duas portarias, com 24h de serviço. Um dos moradores de um bloco, a mulher tinha trocado de carro e não avisou nem o síndico e nem a portaria. Quando chegou a portaria central ela não adentrou ao condomínio, porque o porteiro barrou. Ele reconheceu a moradora, mas não abriu até que ela desembarcasse do carro e se identificasse e ele pudesse realizar o novo registro do carro. E ela não ficou zangada ou constrangida porque tinha participado anteriormente da palestra de segurança do condomínio.
Repórter RDC: E quanto aos entregadores de comida, lanche, farmácia e outros? Como tratar da segurança nesses casos?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Primeiro, fazer um cadastro de todos os entregadores das redondezas. Segundo, não adentrar com a moto no perímetro do condomínio, nem com a moto, capacete ou com a bag (mochila de entrega). Ele fica do lado de fora ou em um compartimento específico construído para os entregadores, até o morador descer e pegar o que comprou.
Repórter RDC: E esse processo tem que estar registrado na Convenção do condomínio?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Essa regra tem que estar bem clara e objetiva de forma que o condômino compreenda que o entregador não pode subir. Porque ele pode vir a circular dentro do condomínio realizando, eventualmente, várias entregas, o que pode gerar um problema de segurança interna. Porque a gente nunca sabe, verdadeiramente, com quem estamos tratando e, ocorrendo uma oportunidade, o condomínio pode vir a sofrer algum incidente.
Principalmente com criança, mulheres ou idosos. E essa é a preocupação, que é vital. Quanto mais dificultar a ação é melhor para impedir qualquer ocorrência, de uma forma geral.
Repórter RDC: : Você, na sua experiência, pode dizer que o número de casos está aumentando?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Sim, principalmente em pequenos condomínios que não tem condições de contratar um porteiro noturno, porque as ocorrências são em número maior durante a noite. Tais como: roubo de portão e grade de alumínio, bicicletas; invasão de condomínio com o roubo de instalação de gás e registro de água, por exemplo. Teve um caso na Zona Norte, se eu não me engano, em Vila Isabel, que um ladrão conseguiu roubar uma boa parte da tubulação do gás. A sorte foi que a estrutura estava desligada ou inoperante.
Repórter RDC: A retirada dessas instalações de gás pode vir a causar um acidente grave, não?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Sim. Desde a morte por inalação do gás e incêndio, o que pode vir a acarretar a perda de vidas e patrimônio.
Repórter RDC: O que devemos avaliar em um fornecedor de segurança para um condomínio na hora de decidir pela contratação ou não?
Ricardo Trajano – Tel Aviv: Primeiro ser uma empresa idônea e trabalhar com as diretrizes e normativas da Polícia Federal, que mapeia e normatiza as empresas de segurança do estado do Rio de Janeiro. Em segundo, é importante ver se a empresa em questão está registrada ao sindicato das empresas de segurança. Em terceiro, buscar clientes e referências da empresa em questão no mercado. Se ela atua, com certeza ela terá referências para oferecer e bons serviços. Hoje, o Grupo Tel Aviv trabalha com uma GSI (Gerência de Segurança e Inteligência) dando suporte operacional, técnico junto aos colaboradores (funcionários) e clientes. A companhia trabalha em três valores: Força, justiça e modernidade.
Ricardo Trajano da Silva
Formado em Gestão Empresarial, possui capacitação em resolução de pessoas que correspondam às demandas do mercado na área de segurança e facilities. Com mais de 30 anos atua no setor comercial e, profissionalmente, como Executivo de Negócios no Grupo Tel Aviv. É especialista em nichos comerciais voltados a condomínios residenciais e empresariais, indústrias, shoppings, laboratórios farmacêuticos e grandes lojas de departamentos
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