Serviços de Auditoria Independente para os condomínios

Os condomínios, de uma forma geral, cresceram em estrutura e passaram a contratar uma quantidade grande de horas de serviços, pois os lançamentos imobiliários das últimas duas décadas passaram a oferecer aos seus moradores uma gama de facilidades, trazendo mais comodismo e conforto.
Tudo isso tem um custo que carece ser demonstrado, de forma transparente para a comunidade condominial através da prestação de contas, que precisam ser claras, fundamentadas numa estimativa prévia, através de um orçamento apresentado, discutido e aprovado em assembleia.
Estas contas são geralmente prontificadas por administradoras de condomínios, e são apresentadas através de relatórios de recebimentos e gastos, chamados de balancetes.
Na visão contábil, balancete é um termo técnico que contempla outros registros além de entradas e saídas de recursos, tais como os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações), e são complementados por notas explicativas.
Surge então a necessidade de uma visão técnica para o entendimento do que aqui vamos chamar de balancetes condominiais, para que se obtenha a confiança necessária na Assembleia Geral Ordinária (prevista por lei), e a sua consequente apresentação para aprovação.
Neste cenário começa a ser contratado mais um tipo de serviço, que é a auditoria independente, e que tem a função de analisar esses balancetes e validar seus lançamentos e saldos de forma técnica.

A auditoria começa e ser demandada, de maneira ainda tímida, após a virada do século, com o propósito de proporcionar uma espécie de investigação com um entendimento de caráter punitivo ao mandatário que não fosse capaz de convencer a sua comunidade condominial de que as suas contas estariam aptas à aprovação. Fenômeno que chamo de “caça às bruxas”

Esse cenário não era bom para nenhum dos atores, sejam os síndicos que terminavam seus mandatos (caçados), síndicos recém eleitos e empossados (caçadores), condôminos (espectadores) e o próprio auditor, que carregava a expectativa de todos, de que seriam encontrados grandes problemas nas prestações de contas, o que por muitas vezes não acontecia
Aos poucos, como naturalmente ocorre, houve uma evolução nesse entendimento, que foi acompanhado do surgimento do mercado condominial, motivado pela busca de conhecimento de gestão e de  aperfeiçoamento das prestações de serviços neste setor.

A busca e motivação pela auditoria também acompanhou a evolução, e começamos a assistir os síndicos e conselheiros demandarem a análise das próprias contas, e submetê-las à assembleia, acompanhadas da opinião de profissional especializado, e que contribui com a sugestão de adoção das boas práticas de mercado para a administração condominial. Ainda falando em evolução, o serviço de auditoria passou a ser visto pelo síndico como uma ferramenta da sua própria gestão, e passaram então a submeter as suas pastas de prestações de contas, juntamente com seus balancetes condominiais à análise periódica chamada de auditoria preventiva.
A estratégia tem o reconhecimento de gestores que estão à frente de grandes condomínios, que por vezes, arrecadam mais do que grandes empresas, e perceberam que esse auxílio técnico profissional é a melhor forma para prestar contas de maneira satisfatória, transparente e assumindo os menores riscos possíveis.

Carlos Tortara Dantas

Formado em Administração pela Puc-Rio, pós-graduado em Gestão de Negócios pela FDC e especialista em Direito Imobiliário. Atua há mais de 15 anos em gestão condominial e é sócio-diretor da Garden Administração. Amante de tecnologia e um entusiasta por transformar digitalmente seu mercado