Abadi e Secovi apresentam indicadores habitacionais
do Rio de Janeiro

Representantes da Abadi e do Secovi-RJ apresentam dados valiosos a respeito do mercado imobiliário

Rafael Thomé, Pedro Wähmann e Maurício Eiras

A retomada da força imobiliária da região do Centro do Rio de Janeiro foi o grande destaque da pesquisa de sobre Indicadores Habitacionais, apresentada durante coletiva de imprensa realizada no dia 16 de março que contou com a presença de Pedro Wähmann, presidente do Secovi-RJ, Rafael Thomé, presidente da Abadi e Maurício Eiras, coordenador estatístico do Centro de Pesquisa e Análise da Informação (CEPAI), do Secovi. 

Maurício Eiras iniciou a exposição falando a respeito da metodologia de pesquisa que é implementada. Primeiramente, empresas enviam seus bancos de dados criptografados à empresa de auditoria BKR. Em seguida, ela agrupa todas as informações enviadas num único arquivo, e envia esse documento para o CEPAI.

Com os arquivos em mãos, o CEPAI analisa os dados e gera os indicadores, por fim, encaminha relatórios para a Abadi, que, por sua vez, retorna às empresas participantes, funcionando como um verdadeiro ciclo.

Rafael Thomé comentou a respeito da decisão de se retornar com essa inciativa. “A Abadi e o Secovi Rio retomaram, há pouco mais de dois anos, o projeto de pesquisa e indicadores habitacionais e essa foi uma decisão correta, pois reforça a dimensão e a importância em produzir um conteúdo sobre o mercado e para o mercado, fortalecendo ainda mais a atuação das administradoras e mantendo a sociedade cada vez mais informada”, disse. 

As amostras utilizadas são representativas da população em estudo (imóveis para locação e condomínios. Os extratos considerados são os bairros da cidade do Rio de Janeiro. Outro ponto que chamou muita atenção foram os indicadores voltados exclusivamente aos condomínios, como foi o caso da região do Centro do Rio de Janeiro. Esse foi um dos focos da pesquisa, e mostrou que 79% dos imóveis colocados à venda em 2022 foram vendidos. O cenário dessa área tão importante para a capital do estado também precisa agradecer ao Reviver Centro, plano de recuperação urbanista, cultural e social e econômica da região.

Entendendo mais a pesquisa de indicadores

A pesquisa analista a cada bimestre, em média, mais de 8.700 imóveis para locação, e mais de 5 mil condomínios, somando 254.127 unidades no Rio de Janeiro. Os números mostram que a margem de erro é de três pontos percentuais marcando 95% no intervalo de confiança, com o objetivo de levantar dados de locação de imóveis e condomínios junto às administradoras, para gerar indicadores do mercado imobiliário, levando em consideração toda a cidade do Rio de Janeiro.

O que os indicadores falam da inadimplência?

O brasileiro vive lutando contra a inadimplência, e com o advento da pandemia durante os últimos anos, o endividamento das famílias acabou alcançando níveis alarmantes em 2022, com 79% delas se declarando endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor Anual. E esse cenário é ainda mais crítico para famílias com poder aquisitivo menor.

A pesquisa mostrou que durante os quatro trimestres de 2022, o desemprego no Rio de Janeiro e no Brasil flutuaram. Para os cariocas, a porcentagem mais alta foi de 14,9%, com a menor sendo 9,8%. Em relação ao restante do país, no qual a maior foi de 11,1% e a menor, 7,9%, o que mostra como o Rio de Janeiro está acima das médias nacionais. 

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a cada dez famílias com a renda mais baixa, duas comprometem mais da metade da renda mensal para o pagamento de dívidas. Já entre os maiores salários, o índice cai pela metade.

Dados curiosos a respeito de condomínios

Em relação aos condomínios, especificamente, alguns dados chamam mais atenção. Por exemplo, foi apresentada a disparidade no que se diz respeito aos atrasos no pagamento das taxas condominiais, tanto em relação à prédios residenciais como para comerciais.

Curiosamente, dos cinco primeiros bairros que mais atrasam o pagamento da taxa condominial no âmbito residencial, são da zona sul, com Ipanema em quinto, Laranjeiras em quarto e Copacabana em segundo. O Centro, ainda em processo de recuperação, ocupa a terceira posição, com o bairro da zona norte da cidade, o Méier, liderando esse ranking. Quem menos atrasa os pagamentos foi o bairro do Flamengo. Em compensação, na esfera comercial, Madureira lidera o atraso de pagamentos, enquanto o Jardim Botânico fica em último lugar.

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