FGV lança novo índice para aluguéis
Em função da alta na locação de imóveis, FGV criou o IVAR
O ano de 2022 começou com uma mudança no mercado imobiliário. Após a disparada do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), também criado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a instituição criou o IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Condominiais), que será divulgado mensalmente e terá como base contratos assinados entre locadores e locatários.
O indicador foi lançado em 11/1 para tentar combater a crescente dos preços graças à pandemia da Covid-19, o que gerou uma queda significativa na renda familiar e, diferentemente do seu antecessor, funcionará exclusivamente para o mercado imobiliário, além de ser calculado a partir de uma ponderação feita com base em dados de aluguéis e não em médias baseadas em anúncios.
Para ilustrar essa diferença, a Fundação divulgou dados de dezembro de 2021, que mostraram um crescimento de 0.66% do IVAR, comparando aos 0.71% registrados em novembro, comprovando uma desaceleração. Os valores referidos são diferentes se comparados a outros índices tradicionais, como mostra o aumento no aluguel pago pelos brasileiros neste último ano.
De acordo com o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação acumulada foi de quase 7%, enquanto o IVAR anotou 4,45%, já que a metodologia da nova ferramenta é muito mais detalhada.
Atualmente, apenas quatro capitais do Brasil possuem informações necessárias para formular esse cálculo com o IVAR, sendo elas São Paulo, que teve queda de 1,83%, Porto Alegre, que também mostrou queda, mas de apenas 0,35, Belo Horizonte, que constatou aumento de 1,46% e Rio de Janeiro, onde também houve alta, de 0,46%.