Mudança na bandeira deve reduzir contas de luz

Ainda assim, vale anotar algumas medidas simples, que podem dar uma ajuda extra na missão de tornar menos salgados os gastos com energia

E eis aí uma boa notícia! A chamada ‘tarifa escassez hídrica’, a mais cara do sistema elétrico no país, foi encerrada no dia 16 de abril. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), anunciou a medida no início deste mês. Com a mudança, possível graças ao farto regime de chuvas nos últimos meses, será acionada a bandeira verde, isto é, sem cobrança adicional. A bandeira escassez hídrica incidia sobre as contas de luz desde setembro de 2021, quando foi implantada na tentativa de cobrir os custos adicionais diante da baixa dos reservatórios do país. Desde então, vinha causando sucessivos sustos nos consumidores e em muitos síndicos, devido aos altos valores expressos nas contas mensais.

Mas nem por isso este é o momento de relaxar nos cuidados com os gastos de energia. A Revista dos Condomínios indica a seguir algumas medidas básicas, que bem podem dar uma mãozinha para essa redução tarifária e ajudar a puxar um pouco mais pra baixo os valores da conta de luz em seu condomínio nos próximos meses. Quando o quesito é economia de energia, o primeiro passo é substituir as lâmpadas fluorescentes, daquelas compridas, por lâmpadas de LED. Em um primeiro momento, a troca requer a contratação de um eletricista, pois não basta substituir uma peça pela outra. Ela inclui a remoção de reator e a adaptação do soquete. No caso das lâmpadas incandescentes convencionais, de rosqueamento, a troca não requer qualquer adaptação.

Os sensores de presença são outros auxiliares fundamentais neste processo de gerar economia. Esses dispositivos, que acendem ao detectarem algum movimento, podem contribuir, mas há que se levar em conta o custo de aquisição, instalação e manutenção, que, contudo, costuma ser pago em poucos meses, pela economia gerada. E atenção: o sistema pode reduzir em até 40% a vida útil de lâmpadas fluorescentes tradicionais – que não foram projetadas para suportar o efeito repetitivo do “liga e desliga”. Viu só? Está aí mais um motivo para trocá-las pelas de LED.

Por fim, outra medida simples é válida para condomínios que contam com mais de um elevador. Deixar apenas um deles em funcionamento de madrugada, desligando os demais, ajuda a economizar energia. Como a circulação de pessoas durante esse período é menor, isso não traz prejuízos aos moradores, e sim gera economia. Além do motor do elevador em si, a luz da cabine não será acionada, colaborando para o uso racional da energia elétrica. A longo prazo, a medida tende ainda a reduzir os gastos com a manutenção de outras peças dos equipamentos, que ficarão menos horas por dia em operação.