O último a sair precisa apagar a luz
Aumento nas contas de luz foi aprovado e condomínios precisam focar na economia para gastos não se tornarem astronômicos
Condomínio deve prestar atenção no consumo de energia elétrica
Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um aumento substancial nas taxas extras relativas às contas de luz do brasileiro. Num cenário já totalmente desfavorável, o malabarismo que as pessoas precisarão fazer para não tomarem um susto ao fim do mês precisará ser muito bem executado. Afinal, as cifras poderão vir até 64% maiores do que anteriormente. Lembrando também que, com a chegada de temperaturas mais quentes, o aumento do consumo da luz se intensifica por conta do uso de aparelhos de ar- -condicionado, ventiladores e uso mais intenso de refrigeradores com redução da temperatura interna. Tudo isso faz o registro girar mais rápido.
Esse maior reajuste será feito em cima do Patamar Vermelho 1, já o Patamar Vermelho 2 terá um acréscimo de pouco mais de 3%. Enquanto isso, a bandeira amarela terá um acréscimo de até 59%. Em contrapartida, a verde seguirá sem cobrança extra, mas o quadro serve para apontar como está sendo difícil o processo de produção de energia no país, e vale destacar que esses valores acabaram sendo maiores do que aqueles que foram colocados em consulta pública.
A proposta inicial era de um aumento de 56% para a bandeira amarela, seguido por 57% na vermelha 1 e, ainda mais surpreendente, o patamar vermelho 2 teria uma redução de 2%. A consulta ficou quase um mês aberta, e a Aneel acabou justificando essa mudança devido ao acréscimo nos valores de cálculo.
E o cenário só não é pior porque desde o dia 16 de abril está em vigor a bandeira verde, quando foi dada como encerrada a crise hídrica estabelecida em agosto do ano passado, ou seja, atualmente as contas não estão com as taxas adicionais, mas para que ninguém seja pego de surpresa, é preciso ficar atento!
Por isso, levantamos o seguinte debate: o que o síndico deve fazer para que, quando as bandeiras se alterarem, o condomínio não passe por maus bocados? Que medidas tomar? É isso que vamos mostrar para você!
Fiação – Primeiramente, é preciso entender que nem todos os síndicos atuam em condições iguais, e quando falamos disso, estamos abordando o fato de que alguns condomínios são mais antigos do que outros e, por isso, podem apresentar problemas que sequer aparecem no radar de construções mais novas. Edifícios antigos costumam contar com fiação mais rígida e mal dimensionada, além das lâmpadas incandescentes que gastam muita energia e possuem vida útil bem menor. Por isso, a melhor forma de não ter dores de cabeça futuramente é apostar num “retrofit elétrico”. Essa é uma forma de atualizar a fiação. Dessa forma, é possível evitar sobrecarga de energia, o que já gera certa economia de luz.
Sensores de movimento e lâmpadas de LED – Ainda na parte mais tecnológica dessas mudanças que o condomínio pode adotar, já pensou em instalar sensores de movimentação/presença? É preciso pensar! De que adianta uma luz ficar acesa o tempo todo num andar em que ninguém está passando? É altamente contra produtivo, e o desperdício é enorme. Por isso, em ambientes como corredores e áreas comuns, como piscinas, parques e garagem, é preciso evitar que as luzes fiquem ligadas 24h por dia. Os sensores são grandes aliados e vão garantir iluminação apenas quando alguém estiver, de fato, utilizando o local. Diretamente ligado a essa solução, aqui vai mais uma! Troque imediatamente as suas lâmpadas por modelos de LED. Elas são as melhores opções e, como falamos anteriormente, além de durarem mais, têm um baixo consumo.
Painel solar – Essa próxima dica talvez seja mais difícil para alguns condomínios, mas se o seu edifício pode comportar painéis solares, o investimento ao longo prazo valerá muito a pena. Afinal, estamos falando de uma economia que pode chegar a até 95% do valor da conta, e essa luz gerada pelas placas solares pode iluminar as mais diversas áreas do condomínio. Ou seja, você estaria economizando energia e preservando o meio ambiente!
Conscientização – Agora, pensando de forma mais generalizada, talvez o grande ponto que precisa ser abordado imediatamente pelos síndicos seja a conscientização do condômino. O gestor pode fazer qualquer tipo de campanha, pendurar o maior número possível de cartazes, informativos ou qualquer outro tipo de mídia. Mas se o morador não abraçar essa causa e começar a realmente se importar, estamos falando de uma verdadeira missão impossível.
É preciso fazer com que os condôminos entendam que todos estão sendo afetados com esse aumento, e que descasos singulares afetarão o coletivo. Por isso, o síndico precisa ir além da assembleia.