Porteiros: uma escolha delicada e estratégica

Especialistas pontuam quais critérios devem nortear a seleção e a avaliação deste profissional, vital para o funcionamento e a segurança do condomínio

ARIANE PADILHA

ANA PAULA CLEVEN

Eles são cada vez mais fundamentais no controle de acesso aos condomínios. Em nome da segurança, como deve se dar a seleção dos porteiros? O caminho é buscar uma agência profissional ou valem dicas de amigos e até de moradores? Quais cuidados devem ser tomados? E quais aptidões deve ter esse profissional? Afinal, o que é um bom porteiro e como ele deve ser avaliado no dia a dia? “O processo da escolha do porteiro se inicia pela adequação das experiências do profissional à necessidade do condomínio, passando à análise do curriculum, verificação das anotações de experiência na carteira de trabalho, entrevista pessoal e se possível, solicitação da carta de recomendação do último trabalho e referências”, lista a advogada Ana Paula Cleven, que ainda separou outras dicas para os leitores da Revista dos Condomínios.

“Também é possível obter auxílio junto ao DP da administradora do condomínio, que tem o conhecimento de alguns funcionários que podem ser indicados, fornecendo informações importantes e referências sobre o bom desempenho do profissional. Não aconselhamos uma indicação direta, seja pelo conselho, morador ou até mesmo um amigo, devido ao grau de pessoalidade. Além disso, essas pessoas podem ter uma percepção diferenciada e, às vezes, distorcida da capacidade profissional do porteiro. A alternativa são as agências de recrutamento e seleção, garantindo um rigor maior no momento da avaliação, através das experiências anotadas na carteira de trabalho, desenvoltura do candidato, e aspectos psicológicos, objetivando uma boa escolha do futuro profissional”, completou.

Com atuação em Direito Imobiliário, Condominial e Trabalhista, Ana Paula é sócia fundadora do Cleven Advocacia. E dá dicas sobre a avaliação do desempenho desses profissionais essenciais. “Devemos lembrar que a experiência contratual é um dos requisitos, devendo o profissional também demonstrar boa comunicação verbal e escrita, capacidade de interação pessoal, ser proativo, e estar em constante qualificação profissional, ter real interesse de crescimento, ser discreto, paciente e, o mais importante, ter amor à profissão para manter-se sempre em evolução. A avaliação do porteiro deve ser contínua, promovendo o síndico os ajustes necessários na execução das tarefas, avaliando e ressaltando os pontos fortes, dando-lhe feedback, proporcionando seu desenvolvimento, para que o condomínio tenha em sua portaria um excelente profissional”.