Revolução do marketing imobiliário em 2025
O marketing imobiliário está passando por transformações. Segundo Julia Padula, a mudança é profunda, e “2025 será o marco de um setor mais conectado à tecnologia e às expectativas do consumidor”. Assim como em outros segmentos, incorporadoras, construtoras e corretoras que “não se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo” – vaticina a especialista.
A experiência do cliente é o eixo central das novas tendências
E por que toda essa mudança?
O consumidor contemporâneo já não busca apenas um imóvel. Ele deseja uma experiência que combine agilidade, personalização e inovação. Ferramentas como Inteligência Artificial (IA) e Realidade Virtual (RV) se tornam indispensáveis para criar interações imersivas e convenientes, desde o primeiro contato com um projeto até a assinatura do contrato. O cliente quer explorar um imóvel sem sair de casa, contar com atendimento imediato e receber ofertas alinhadas às suas preferências.
Mas como fazer isso, na prática?
Nesse sentido, a inteligência artificial tem sido uma grande aliada. Ela vem revolucionando o atendimento ao cliente com chatbots cada vez mais eficientes e otimizando campanhas com base em análises preditivas. Ao lado do Big Data, essas tecnologias oferecem insights valiosos sobre comportamentos e preferências, permitindo estratégias mais assertivas e personalizadas.
Em outras palavras, assim como no varejo e em tantos outros setores, a tecnologia é um caminho incomparável para que o mercado imobiliário – em todas as suas perspectivas, do consumidor às empresas – tomem decisões cada vez melhores e, claro, aumente a assertividade das campanhas de marketing, seja na criação, desenvolvimento ou implantação de novos projetos.
Inovação, tecnologia e o setor imobiliário
A tecnologia é um caminho incomparável para que o mercado imobiliário – em todas as suas perspectivas, do consumidor às empresas – tome decisões cada vez melhores e, claro, aumente a assertividade das campanhas de marketing, seja na criação, desenvolvimento ou implantação de novos projetos. As construtoras podem também modelar suas pessoas para além do público-alvo?
Para Julia Padula, head de Marketing da Benedo, as construtoras podem modelar suas pessoas usando a tecnologia, especialmente com inteligência artificial e big data. “Essas ferramentas permitem que as construtoras e incorporadoras tenham um entendimento mais profundo do comportamento e das preferências dos consumidores. Dessa forma, é possível modelar pessoas com maior precisão, indo além do conceito tradicional de público-alvo e criando campanhas ainda mais personalizadas e assertivas” – explica Padula.
Mas qual a maneira mais prática e fácil de modelar a persona e, antes, do que se trata esse conceito de persona?
O conceito de persona “diz respeito a uma representação detalhada do cliente ideal, baseada em dados reais e padrões de comportamento, considerando interesses, necessidades e preferências” – explica a head de marketing, para em seguida afirmar que a “maneira mais prática de modelar uma persona é por meio da análise de dados. A inteligência artificial e o data analytics, por exemplo, são tecnologias que ajudam a identificar esses padrões de consumo, tornando as campanhas de marketing mais eficazes e personalizadas”
Como atender a diversidade dos consumidores?
As empresas, segundo a especialista, devem alinhar suas estratégias de marketing às expectativas de diferentes gerações e grupos sociais. E ela oferece exemplos: “Millennials e a Geração Z valorizam marcas que compartilham seus valores, enquanto a Geração Alpha já demonstra uma crescente preocupação com questões ambientais e sociais, por exemplo”. Pode-se concluir, pelas afirmações de Pádua que investir em acessibilidade, sustentabilidade, inclusão e personalização “é essencial para ampliar o alcance e fortalecer a imagem da empresa diante de um público cada vez mais exigente” – disse.
As empresas que investirem em acessibilidade e inclusão ampliaram seu alcance e fortalecerão sua imagem perante um público cada vez mais exigente.
“As empresas que investirem em acessibilidade e inclusão ampliaram seu alcance e fortalecerão sua imagem perante um público cada vez mais exigente.”
E as questões ambientais e sociais, acessibilidade e inclusão?
Segundo a head de marketing, as empresas que adotarem práticas alinhadas aos valores de acessibilidade e inclusão terão maior aceitação no mercado. Isso significa “investir em projetos imobiliários acessíveis, promover ambientes inclusivos e adotar medidas sustentáveis, como o uso de materiais ecologicamente corretos” – exemplifica. Além disso, as empresas precisam “garantir que suas campanhas de marketing reflitam esses compromissos para fortalecer o posicionamento da marca e atrair consumidores que priorizam determinados valores, como a responsabilidade social e ambiental” – completa.
Como atender a diversidade- 51% dos consumidores?
Quais são as novas demandas das mais novas gerações?
Além da tecnologia, o marketing imobiliário precisa refletir sobre a diversidade do público e os propósitos das marcas. Millennials e a Geração Z valorizam empresas que dialoguem com suas expectativas, enquanto a Geração Alpha já demonstra atenção às questões ambientais e sociais. Portanto, as empresas que investirem em acessibilidade e inclusão ampliaram seu alcance e fortalecerão sua imagem perante um público cada vez mais exigente. Já as que não se atentam a esses aspectos, tendem a perder relevância.
LGPD: evitar riscos e demonstrar segurança pode ser um diferencial da marca?
E a segurança dos dados?
Esses cuidados podem fazer parte do diferencial das empresas?
Com tantos dados circulando, a segurança da informação certamente se torna um aspecto crucial nesse processo.
Obviamente, o mundo está mais digital, e garantir a proteção dos clientes é um fator essencial para construir confiança e evitar riscos. Investir em cibersegurança não é apenas uma medida preventiva, mas uma estratégia que agrega valor e diferencia a marca no mercado. Sob a perspectiva das campanhas de marketing, isso fortalece a confiança do cliente, valoriza a marca, atrai consumidores que priorizam a confiança e ainda posiciona a empresa como inovadora e responsável no seu mercado.
Os diferenciais são sufi – cientes para estruturar uma marca?
A quais apelos as empresas devem prestar atenção?
Construir marcas fortes e autênticas já é determinante e será ainda mais relevante no futuro. Empresas que se apresentarem com clareza e criarem vínculos emocionais com os consumidores terão uma vantagem significativa. Em um mercado onde a escolha do cliente vai além do preço, o propósito e a identidade dos projetos serão fatores decisivos. O marketing imobiliário de 2025 será uma combinação de tecnologia, personalização e propósito, e as empresas que abraçarem essas mudanças estarão prontas para atender a um consumidor que valoriza uma jornada inovadora e humanizada.
Benedo
A Benedo é uma empresa de soluções imobiliárias especializada em marketing, gestão de vendas e administração de carteiras para incorporadoras e loteadoras. Fundada em 2019 pelo CEO Fabio Tutundjian, a empresa tem o propósito de oferecer soluções completas que aprimorem a performance multicanal de seus clientes. Em 2023, lançou a Plataforma Benedo, 100% digital e integrada, que centraliza as informações essenciais tanto para clientes quanto para incorporadoras, tornando mais prático o processo de compra de projetos imobiliários, uma vez que automatizado e digital. Atualmente, já soma mais de R$ 1 bilhão em ativos comercializados, abrangendo mais de 5 mil unidades residenciais e comerciais
Julia Padula
Head de Marketing da Benedito desde julho de 2023. Formada em Gestão (Universidade Europeia), pós graduada em Design Thinking (for Leadership na The New School em Nova Iorque – EUA). Já trabalhou em agências de marketing e empresas, como tm1, WPP, twist, Ginga, MAUI, EBAC atendendo a grandes marcas, como: Estampar, Meli, Meta, Netflix, Nestlé, Renault, AstraZeneca, MSD, AB Brasil, entre outras. Como jornalista, é colunista do Promoview e já escreveu para as revistas Rolling Stone e Zupi. Além disso, é cofundadora da Mapoteca®, um estúdio de design baseado na colaboração entre criativos, clientes e agências.