Ar-condicionado e rede elétrica: atenção redobrada no verão

“Prevenção” é a palavra-chave para que síndicos não sejam pegos de surpresa por incêndios durante o verão 

 
Marcelo Braga

Nesta época do ano, aumenta muito o consumo de energia elétrica por conta de aparelhos de ar refrigerado que ficam ligados durante muito tempo. Por isso, é importante ter um controle rigoroso daquilo que precisa passar por manutenção, como fios, tomadas, entre outras coisas.

A REVISTA DOS CONDOMÍNIOS entrou em contato com dois profissionais gabaritados desse meio para que o síndico não se encontre no meio de um incêndio por conta de um cuidado que poderia ter sido tomado anteriormente. Conversamos com Marcelo Braga, responsável técnico da Bahia Ar Refrigeração e Climatização, e com Ednaldo de Abreu e Lima, professor e técnico de refrigeração pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).

Primeiramente, sabia que existem dois tipos de manutenção? Ednaldo informa que, para evitar a corretiva, é necessário realizar a preventiva. Segundo ele, isso pode evitar com que não apenas áreas comuns e espaços sejam prejudicados, mas, também, durante qualquer tipo de visita técnica ou também em relação aos moradores. A manutenção preventiva acaba zelando não apenas pelo espaço, mas pelas pessoas que ali estão inseridas. 

Por sua vez, Marcelo realizou uma comparação cômica, se não fosse trágica, chamando atenção para os cuidados necessários com os edifícios mais antigos. “Instalações elétricas antigas sem manutenção ou mal planejada e executada e como um campo minado em um prédio, pois há o risco iminente de curto-circuito, incêndio. Além de problemas mais sérios, a falta de manutenção pode gerar fuga de energia ou apagões, causando prejuízos a todos os condomínios”, disse. 

Contudo, o gestor precisa ficar atento ao que a lei permite e, especialmente, ao que ela não permite e, assim como em outros itens de atenção do meio condominial, as NBR’s (Normas Técnicas) também estão presentes. Marcelo continuou sua fala destacando as seguintes: NBR 5410, NBR 16819 e NBR 14039. Mas, ele não parou por aí. Ele também citou a NR 10, uma norma regulamentadora que estabelece as definições para segurança em instalações s serviços em eletricidade. 

Em edições anteriores, citamos como é imprescindível a utilização dos EPI’s, os equipamentos de proteção individual, e nesse caso não é diferente, como nos falou Ednaldo a respeito daquilo que não pode faltar numa operação que envolva a rede elétrica. 

“Equipamento para a segurança, ferramentas de qualidade e materiais de qualidade, além de profissionais qualificados”, completou.

Ar-condicionado precisa de limpeza periódica

Já em elação ao ar-condicionado, especificamente, o cuidado não pode esperar. A alta demanda dos aparelhos também exige manutenção e, além disso, limpeza periódica. O cuidado que você teve durante todo o ano acaba refletindo nesse momento mais crítico. Marcelo também lembra um ponto muito importante, inserido nos três cuidados principais que as pessoas (não apenas moradores de condomínios) precisam ter. 

Juntamente com a manutenção e limpeza já citadas acima, ajustar o aparelho numa temperatura ideal pode ser o diferencial para o bom funcionamento por mais tempo e para a saúde de quem está entrando e saindo. 

“Segundo a Agência Nacional de Saúde (Anvisa), a temperatura ideal para ambientes fechados no verão é de 23ºC a 26ºC, uma temperatura mediana que refresca e evita incidentes como o choque térmico ao entrar ou sair de um local muito quente”, completou.

Por fim, é preciso também chamar atenção para quem será responsabilizado caso algum acidente como esse aconteça. Caso um ar-condicionado de uso comum do condomínio seja o foco do problema, não há debate: o síndico será o responsável. Contudo, o gestor não está excluído de culpa mesmo que o aparelho de uma unidade autônoma apresente falhas.

“Se o equipamento apresentar defeito grave e aparente por muito tempo, não tendo o síndico adotado nenhuma medida visando à correção do equipamento”, completou Marcelo.

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