CEX realiza primeiro encontro no Rio de Janeiro

Representantes da advocacia condominial e imobiliária se encontram na capital fluminense

 
Andréa Resque

Na noite do último dia 16, na Marina da Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro, a advogada Andréa Resque, expert no meio condominial, reuniu um grupo de profissionais para que pudessem realizar networking e, além disso, compartilhar histórias e experiências do mercado de trabalho.

Foi o primeiro encontro realizado no Rio de Janeiro da Comunidade Experts em Condomínios (CEX) e contou com nomes como Francisco Egito, Haroldo Lourenço e Luis Arechavala, além de outros grandes nomes que atuam no cenário. A programação teve a anfitriã abrindo o encontro falando daquilo que o gestor deve se preocupar para o ano de 2023, com destaque para o planejamento. 

“Qualquer capacitação para quem trabalha em condomínios precisa fazer sentido para a pessoa que está buscando se aperfeiçoar”, disse Andréa. Além disso, ela contou para os presentes que, para atuar no meio condominial, a pessoa que tem interesse precisa ser “inteligente e adaptável”. E, para 2023, disse aos gestores presentes que é muito importante mensurar e buscar metas que sejam atingíveis, não coisas utópicas que não possuem chances de acontecer. 

Em seguida, foi a vez de Francisco Egito, advogado, administrador, contador e CEO da REVISTA DOS CONDOMÍNIOS ter a palavra. Ele contou um pouco da sua história, sobre como começou a empreender no meio condominial com a criação do Curso Aprimora, que completou cinco anos em outubro deste ano, e de como trabalhar com sinergia é importante para o mundo dos condomínios. Além disso, uma de suas falas que mais chamaram atenção dos presentes, sem dúvidas, foi a frase: “Quando o servidor está ponto, o serviço aparece.”

Logo após, foi a vez de Vitor Mariano, diretor geral da Orona, empresa que atua no ramo dos elevadores. Ele falou de pontos importantes como, o que seria dos condomínios caso não fossem os elevadores. Um dos principais patrocinadores do encontro disse que a sua empresa é líder em contratos corporativos no Brasil, tendo empresas de grande porte como clientes os supermercados. O executivo informou que “todo elevador precisa ter um contrato de manutenção”, afinal, o síndico não pode esperar o item começar a apresentar problemas para aí, sim, buscar uma solução. 

Por sua vez, Leandro Sender, advogado especialista em Direito Imobiliário, contou como a jornada no segmento é difícil, especialmente tendo uma referência dentro da própria casa. Filho do advogado Sérgio Sender, tido como um dos pioneiros da esfera condominial por muitos colegas de profissão, Leandro disse que teve dificuldades para se achar como profissional (individual), mas, quando finalmente “se encontrou”, conseguiu crescer profissionalmente, e nesse tópico falou para os presentes que é necessário buscar uma especialização. Além disso, abordou um tema que vem ganhando cada vez mais destaque: a parte digital dos condomínios. Mas o que é isso? Em sua fala, o advogado mencionou o metaverso e as NFTs, e de como ter insights nessas áreas pode preparar os profissionais para o futuro e enfrentar seus medos. 

Depois foi a vez de Haroldo Lourenço, advogado imobiliário que, com um approach mais informal, abordou a importância de se trabalhar a imagem dos profissionais que atuam no meio condominial, basicamente como um marketing pessoal, que está englobado no conceito de gestão profissional. O síndico ou gestor precisa ter uma postura boa e integrar a parte digital. Por exemplo, ele citou softwares de gestão que facilitam a vida dos gestores condominiais e das administradoras. Por fim, comentou que delegar atividades e “não ser controlador” são aspectos imprescindíveis para um bom gestor.

O último a se apresentar foi Luis Arechavala, advogado e autor do livro “Edifícios edilícios e suas instituições”. Pelo público do evento se tratar, majoritariamente, de advogados, ele passou sua expertise de como lidar com processos seletivos para contratar novos advogados, inclusive falando a respeito de um caso específico, onde realizou cinco entrevistas com o mesmo profissional e recebeu a resposta que queria. 

“Eu preciso que a pessoa seja direta comigo, é isso que precisamos buscar. Prefiro muito mais um leão atuando comigo por seis meses do que um grupo de gatinhos. Eu fiz cinco entrevistas com esse candidato, já na última fase, porque só participo do processo no momento final, e ele me perguntou o que mais precisava saber para conseguir a vaga. Na hora, virei para ele e disse: ‘Está contratado’”.

Foi um encontro mais leve, sem discussão a respeito de leis e normas, o que fez o tempo praticamente “voar”. E foi apenas um preview. Afinal, em fevereiro do ano que vem, Andréa já tem um evento presencial preparado em Salvador, Bahia, e temos uma matéria feita exclusivamente para esse encontro, confira também!

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