Síndico: por que é tão importante?

SÍNDICOS PRECISAM DE PARCERIAS PARA CUMPRIR SEUS DEVERES DE FORMA MAIS OTIMIZADA

 

O papel do síndico em um condomínio, em tese, é o de gerir e administrar não apenas as contas e resolver os problemas cotidianos, como também de garantir a satisfação e uma qualidade elevada dos serviços para os condôminos e moradores. Para isso, este gestor precisa, primordialmente, estar com duas prioridades em mente: fiscalização e manutenção.

A administradora e síndica profissional Doani Castro comenta como essas preocupações são importantes, porque acabam englobando uma série de afazeres: “O síndico precisa estar de olho em tudo, seja na parte da cobrança em relação aos proprietários, não permitindo qualquer inadimplência, ou no que se diz respeito à segurança do condomínio, sempre conferindo a infraestrutura e antecipando algum potencial problema.”

Em sua rotina, o síndico precisa manter o controle das atividades mensais, quinzenais, mensais e anuais. Diariamente, é recomendando que seja feita a verificação e limpeza das áreas comuns, o funcionamento de equipamentos como elevadores, sensores de segurança, portas corta-fogo e contas a pagar.

Apesar da fama do síndico, em alguns condomínios, ser negativa, ele não pode se sentir inibido e deve realizar reuniões e assembleias para que ocorra uma aproximação entre a administração e os condôminos. Esses encontros, contudo, precisam ser conduzidos de forma a garantir segurança aos moradores por meio da fala do gestor. “Simpatia, conhecimento sobre os assuntos pertinentes ao condomínio e disposição são características imprescindíveis para este profissional”, diz a especialista.

Ela também alerta para as possíveis parcerias que um síndico pode ter para que os seus deveres sejam cumpridos de maneira mais otimizada. “O síndico pode e deve contar com uma assessoria jurídica, uma consultoria administrativa e com um engenheiro-chefe”, afirma Doani.

Outro ponto que, normalmente, pode gerar dores de cabeça no meio condominial é a prestação de contas, mas a transparência e a clareza são vitais para se evitarem diversos problemas dessa ordem, como afirma Doani: “O síndico administra um dinheiro que não é dele, então, quanto mais transparente ele for, melhor, e isso inclui os balancetes, que precisam ser compartilhados, mesmo que o condômino não se interesse”, completou.

Os síndicos também devem se atentar à sua própria postura, porque é inadmissível que ocorra qualquer caso de favorecimento, como não cobrar os pagamentos em dia dos moradores de forma isonômica, alerta. “O síndico precisa ser imparcial, tem que tratar todos da mesma forma, ele tem que cumprir a convenção, o regimento interno e as leis condominiais.”

Ela acrescenta que o gestor de um condomínio não deve apenas prestar atenção nos interesses dos condôminos. Eles também precisam estar alinhados com os funcionários, pois, além de toda parte trabalhista e tributária, é preciso dar o treinamento para que possam efetuar suas funções com maestria. “Administrar condomínios é algo fácil, assim como a parte analítica, mas gerir pessoas é o grande desafio”, esclarece a síndica.

No condomínio em que trabalha, Doani precisou repensar sua forma de agir e achou soluções humanizadas para fazer com que os condôminos se respeitassem. “Pessoas não foram feitas para ficar em casa, então precisei aproximar os moradores e apresentar os problemas que cada um apresentava para alcançar uma solução. Fiz diversas reuniões e tratei as queixas individualmente, buscando soluções e fazendo com que as pessoas se colocassem no lugar das outras, então foi uma questão de o coletivo ajudar o individual”, conclui.

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