Contador: profissional essencial aos condomínios

“O contador não é um mal necessário.” Assim, o contador e auditor Sérgio Paulo tenta quebrar a barreira que tanto dificulta a realização de um serviço adequado nos condomínios. Com a comemoração do Dia do Contador, em 22 de setembro, ele e outros colegas de profissão exigem a criação de uma comissão de contabilidade condominial em carta enviada aos Conselhos Federal e Regional de Contabilidade. Se, por um lado, o bem-estar do condomínio depende de uma ciência que cuide exclusivamente do patrimônio comum, por outro, o exercício da profissão carece de regulação específica que oriente e proteja seu trabalho, reforça a carta.

É preciso entender que a relação entre o contador e o espaço do condomínio depende de um esforço mútuo, defende Sérgio. Mais do que valorizar a profissão, compreender essa dinâmica entre o profissional e os condôminos é uma forma de investir na qualidade da vida compartilhada à medida que reivindica e estimula um serviço minimamente qualificado. As assembleias de condomínio, por exemplo, teriam um clima menos hostil caso as explicações dos gastos pudessem ser feitas de maneira clara e detalhada, diz o contador. Para ele, contratar um profissional é apostar na transparência para trazer segurança e tranquilidade.

O Dia do Contador é uma homenagem à regulamentação do ensino superior de Ciências Contábeis e Atuariais, ocorrida em 1945, pelo então presidente Getúlio Vargas. Já a carta aos Conselhos Federal e Regional foi enviada no início de agosto. Na vida de Sérgio Paulo, a área foi um “acidente de percurso” que, rapidamente, o cativou pela objetividade. Vindo da administração, o fã de metodologias bem definidas conta que, na auditoria, uma das áreas das Ciências Contábeis, lida com um grupo mais restrito de pessoas, o que torna a conversa “mais fácil”, e há um fluxo de clientes que garante a dinamicidade necessária para o dia a dia de trabalho. Resta, agora, lutar para que a profissão ganhe maior reconhecimento.