Feira de Condomínios e Encontro de Síndicos foca na gestão eficiente

O Hotel Prodigy, junto ao Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro, recebeu uma comemoração dupla, a Feira de Condomínios e o Encontro de Síndicos 2022 nos dias 27 e 28 de outubro. O evento é uma realização do Sindicato da Habitação do município (Secovi Rio) e da Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi). Ao longo da programação, os visitantes puderam conhecer os produtos e serviços próprios do meio, além de acompanhar as discussões mais relevantes com os nomes mais renomados do setor de condomínios. Com o foco na gestão condominial eficiente, a edição celebrou os 80 anos do Secovi e os 25 anos da Feira de Síndicos, que ocorreu pela primeira vez em 1997.

A sala Corcovado I, que abriga o auditório do hotel, recebeu desde os temas mais abstratos do Direito Condominial até técnicas de jardinagem, o que contribuiu para criar um espaço didático e dinâmico. Do lado de fora, a feira abrigava os expositores e aguardava o Encontro de Síndicos. Assim, a organização garantiu que o público pudesse aprender tanto com referências do meio jurídico quanto com colegas de profissão, que conhecem o dia a dia dos condomínios na prática. A síndica Monica Radicett contou à REVISTA DOS CONDOMÍNIOS que o evento concentrou tudo de melhor que o mercado oferece, com destaque para as opções de financiamento e de produtos de academia. Ela recordou-se de um projeto para reduzir o déficit fiscal do condomínio que administrava, o qual só pôde ser implantado após conhecer as opções de negócio em uma palestra anterior.

O casal de síndicos Carmem Fidelis e Luís Carlos Antunes que esteve pela primeira vez no evento, concorda com Monica. Ela carregou a responsabilidade de gerir condomínios por cerca de cinco anos, até que chegou a vez do marido. Encantada com os expositores e ansiosa para outras edições, a ex-síndica elogia a lucidez e a atualidade das discussões trazidas pelo Secovi e pela Abadi. O diretor jurídico da Abadi, Roberto Bigler, enfatiza que essa é justamente uma das principais preocupações da organização, trazer uma “comunicação mais clara, limpa e fácil”, para que os aspectos da gestão que ressoam no mundo jurídico não fiquem restritos a quem efetivamente cursou uma faculdade de Direito.

Após três anos de hiato, a Feira de Condomínios e o Encontro de Síndicos 2022 recebeu em seu palco, durante a abertura do dia 27, o presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann; o presidente da Abadi, Rafael Thomé; e o diretor de condomínios e locação da Abadi, Marcelo Borges. Esse último recebeu uma homenagem no lugar de Manoel da Silveira Maia, que fundou a Feira em 1997 e não pôde comparecer à edição de 2022. Manuel já ocupou a presidência da Abadi entre 1996 e 1998 e, atualmente, é parte da Comissão de Ética da Associação.

No dia 27, o consultor e mestre em sistema de gestão Hermes Simões, levou o público aos risos ao abordar a “Gestão de Pessoas e Conflitos no Relacionamento Condominial” de maneira lúdica e — por que não? — assertiva. O diferencial da palestra de Hermes, além da dinamicidade, foi orientar os presentes a darem nome aos problemas típicos do meio, independentemente do tamanho do desconforto. Ao longo da tarde, tantas outras referências na área compartilharam seu saber. Outros temas como locação por temporada, contratos de terceirização e assembleias eletrônicas também foram objeto de análise de André Luiz Junqueira, Juliana Bracks e Marcelo Borges, respectivamente.

No segundo dia de feira, a sala Corcovado I foi novamente o palco principal para os especialistas. Odirley Rocha, com seu bom humor costumeiro, conquistou o auditório lotado ao falar dos aspectos tecnológicos que estão chegando ou já chegaram ao meio condominial. O palestrante, em sua fala, chamou a atenção dos convidados para o conceito de Metaverso, espaço virtual onde as pessoas poderão viver algo parecido com uma segunda vida, e detalhou como deve ser a rotina do síndico nesse novo universo.

Mais tarde, Pedro Wähmann, presidente do Secovi Rio, e Rafael Thomé, presidente da Abadi, comentaram a respeito da capacidade de algumas proposições legislativas de aumentar o custo condominial e de afetar determinadas profissões. “Houve grande queda no número de porteiros dos edifícios ao longo dos anos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. É o que está acontecendo no Rio de Janeiro, onde a média de empregados caiu de 1,8 para 1,3 em dez anos, sendo o custo a principal motivação para o novo cenário, além das novas tecnologias, como as portarias virtuais”, comentou Wähmann.

Ao final, Roberto Bigler e Alex Velmovitsky se juntaram para um momento de interação com a plateia e encerraram o evento com chave de ouro.