Ela não nasceu para desistir

Nessa edição vou contar a minha história. Fevereiro foi o mês do meu aniversário e te convido a conhecer um pouco mais quem sou eu, Christiane Romão! Mulher, nordestina e sou a minha história! É, eu sou as minhas escolhas, os meus acertos, os meus erros, eu sou as minhas lembranças, o meu passado, o meu presente e o meu futuro… dias, minutos, segundos, eu sou um pouco do mundo! 

Você sabia que EU JÁ MORRI SEIS VEZES? Isso mesmo! A primeira foi quando, ainda com 14 anos, perdi os movimentos total das minhas pernas e depois de dolorosas e complicadas cirurgias, cujas cicatrizes tenho até hoje em ambas, e sem esperanças de melhora, aprendi o sentido da palavra renascer. Fiquei um ano sem andar, seis meses de fisioterapia, quatro meses de cadeira de rodas, eu reaprendi e voltei a andar. A segunda foi quando perdi em intervalos curtos meu avô (meu painho) que me educou e me direcionou e depois veio a morte da minha mãe, me deixando sem norte e sem rumo por duas mortes repentinas e trágicas. A terceira foi quando me separei no meu primeiro casamento. 

Precisei me redescobri profissionalmente e aos poucos reaprendendo a viver, mas graças a esse fato a sindicatura se apresentou na minha vida e vivo esse amor pelo condomínio há 12 anos. Desse casamento teve origem o meu príncipe, a luz dos meus olhos, minha motivação diária, meu craque de futebol. Falando em relacionamento, eu pensei que nunca mais encontraria um sentido no amor, até que encontrei o brilho que o amor precisava e recomecei em outro abraço. Meu eterno namorado, é assim que o chamo. Brinco que ele é o meu coaching da vida e dos meus projetos e responsável pelo meu sorriso. Aroldo e Cauã são meus maiores incentivadores, aqueles que vão estar ali sempre, amor e admiração por vocês. 

A quarta foi quando fui demitida. Aquele era o meu emprego dos sonhos e o meu sustento! Fiquei sem chão. Depois de tanta dedicação, de tanto suor, o sentimento era de descarte, porém depois entendi o porquê do caminho cheio de pedras. A quinta foi quando perdi meu pai, de forma inesperada e com um telefonema antes de uma cirurgia simples em que ele me falava:  volto logo. Guardo o áudio até hoje. Porém não saiu como esperávamos e ele se foi sem ao menos eu conseguir me despedir! A sexta vez, eu recebi a notícia da morte da minha irmã Bianca, com apenas 24 anos e uma vida, no meio de um baque na vida profissional, foi um luto duplo e sem explicação. 

Depois de tantas feridas e algumas que não consigo ainda relatar, veio o diagnóstico que poderia dar um intervalo grande em nos meus projetos futuros, porém sigo firme lutando todos os dias com essa nuvem negra que insiste em passar. Como disse @joeljota: “Como é possível morrer seis vezes e continuar vivo? A resposta é simples: a gente não morre quando fracassa ou tem uma perda. A gente só morre quando a gente desiste! “E EU? NÃO NASCI PARA DESISTIR!

Agradeço nessa caminhada aos amigos verdadeiros que nunca me deixaram desistir. Aos mestres na caminhada que me deram a fórmula certa para aplicar e mudar tudo ao meu redor. E depois de contar a história de tanta gente, é um privilégio romper as barreiras e poder colocar a vista uma parte e dizer aos críticos que só criticam sentados e nada fazem para mudar a realidade condominial: RECOMECE! Ainda tem tempo!

Christiane Romão é psicóloga, síndica profissional, gerente condominial, MBA em gestão de pessoas, CEO do Meu síndico.vc

Link