Como avaliar perigos, riscos e manutenções de sacadas e varandas suspensas

Preocupação com o mau uso é grande. Entenda o que precisa ser feito para evitar problemas na estrutura do condomínio

 
Inálvaro Soares

As varandas e sacadas são a parte mais ventilada e aconchegante dos condomínios, mas será que são as mais seguras? Essa questão pode ser um diferencial na hora de adquirir seu imóvel e até mesmo de vistoriar a estrutura do local. “A varanda é um cômodo de extensão da fachada da edificação, já a sacada é construída sobre uma superfície externa, não segue o alinhamento da parede de fachada e parece estar fora da construção”, explica o engenheiro civil Inálvaro Soares.

A ocorrência de casos de acidentes vem sendo frequente nos últimos anos, o mais recente aconteceu em março deste ano, em Resende, no Rio de Janeiro. São vários perigos iminentes, causando vulnerabilidade de crianças e animais no cômodo, mas a utilização de telas e redes de proteção são um grande diferencial para evitar acidentes. “Outro risco adicional é a colocação de equipamentos de ar-condicionado nas varandas ou sacadas que produzem umidade nas estruturas varandas/sacadas, danificando-as. Agregado à isso, temos a falta de limpeza e ausência de manutenção, que resultam em desplacamentos dos revestimentos de forma gradativa, com posterior queda, e danos nas estruturas da edificação, agravados pela variação da temperatura, salinidade, poluição e outras intempéries”, acrescenta o especialista em manutenção predial.

Muito se discute a importância de se fazer a manutenção com frequência, porém a dúvida de periodicidade é algo que ainda permanece recorrente, além da importância que o síndico tem em situações como essa. “Para se evitar essas anomalias, orienta-se que seja realizada uma limpeza com produtos específicos e biodegradáveis pelo menos uma vez ao ano e que seja feita uma manutenção após as inspeções a cada cinco anos ou menos, a depender da localização do imóvel; essas inspeções periódicas são importantes para a redução dos custos com uma manutenção mais pesada e até a ocorrência de acidentes, tendo o síndico ou administrador um papel importante na disseminação desses cuidados aos moradores e proprietários das unidades”, reforça Inálvaro, que também é perito em técnicas de Engenharia e consultoria para o mercado imobiliário.

Em casos de danos no local é preciso ter atenção ao resto da estrutura do prédio e analisar se não existe a possibilidade de eventuais riscos, para não comprometer a segurança dos demais moradores. “Uma só varanda com problemas estruturais pode colocar em risco toda a estrutura do prédio, devido ao efeito dominó, pois geralmente os profissionais projetam as varandas e sacadas nas fachadas uma sobre as outras e em caso de indicação de anomalias de qualquer espécie numa das varandas o efeito é danoso para as de baixo. Assim, o inspetor pode solicitar a interdição do prédio para evitar riscos aos moradores e pedestres. Essas vistorias deverão ser efetuadas sempre por engenheiros ou arquitetos com experiência técnica comprovada em manutenção através de cursos, elaborando Laudos de Vistorias Técnicas que atestam as boas condições das varandas e sacadas”, conclui.

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