A mediação que transforma
De muitas experiências incríveis que presenciei na atuação da mediação, separei essa história que acredito ser um assunto recorrente a todos aqueles que atuam na esfera condominial.
O trabalho a executar era num processo de segunda instância. O desembargador relator encaminhou os autos ao Cejusc, já que era pleno conhecedor quanto aos benefícios das técnicas da Mediação de Conflitos, percebendo que o conflito processual poderia ser melhor esclarecido e entendido pelos envolvidos através da Mediação e que poderiam alcançar um resultado de satisfação mútua, já que este não é o condão de um acórdão/sentença.
Como mediadora judicial, fui então convocada para atuar neste processo pelo Cejusc-RJ (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania), local específico onde acontecem as audiências de mediação nos Tribunais.
Lembrando que um processo de segunda instância significa dizer que foi proferida uma sentença e que, neste nosso caso específico, ambas as partes recorreram por estarem insatisfeitas com o seu conteúdo.
Lá estava eu na sala de audiência de mediação para atuar como mediadora, exercendo o papel de terceira neutra e imparcial, para tentar buscar o restabelecimento da comunicação entre todos os envolvidos na lide. Estavam presentes o Condomínio representado pelo seu síndico e o condômino, todas as partes acompanhadas de seus respectivos advogados.
Wania Baeta é advogada especialista em Direito Condominial e Gestão de Conflitos, mediadora certificada internacional ICFML e Sênior TJ-RJ, árbitra, palestrante, professora de pós-graduação, de capacitação de gestores condominiais e de cursos de formação de mediadores.