Uso de drones na inspeção predial

Os drones vieram para ficar, não temos como negar, parece até um jargão, mas essa frase faz todo sentido. Hoje a engenharia já utiliza drones das mais diversas formas, seja para realizar mapeamentos, investigar áreas inalcançáveis ou realizar inspeções.

Estes equipamentos contam com diversas tecnologias, sendo possível verificar com precisão, onde existem vazamentos, infiltrações e até descolamento de revestimento em uma fachada, antigamente este tipo de atividade demandava a instalação de equipamentos caros e pesados no prédio, e a necessidade de um trabalhador se deslocando verticalmente, colocando este em risco.

Existem equipamentos capazes de fazer fotografias termográficas (fotografias do mapa de calor da fachada), mapeamentos em 3D, mapa de nuvens e vídeos de até 8k. Toda essa tecnologia, está à disposição no dia a dia dos engenheiros condominialistas. A utilização do drone para realizar a vistoria de fachadas e locais de difícil acesso, possibilita uma redução de tempo e consequentemente de custos.

Uma das grandes vantagens dos drones, sem dúvida é a economia de tempo, consequentemente financeira, enquanto a inspeção com andaime suspenso, pode demorar dias, as vezes semanas, e realizar esse tipo de serviço com drone, leva no máximo 4 horas, inclusive sem incomodar os moradores com vários cabos passando por suas janelas.

O drone permite ao engenheiro uma visão mais privilegiada da situação e possibilita entender melhor ou até mesmo prever situações que possam vir a ocorrer, principalmente quando é necessário vistoriar as extremidades e beirais de grandes edifícios antigos que não dispõem de caminhos de acesso no telhado.

Condomínios com vários blocos podem se privilegiar e muito dessa ferramenta, não só economizando tempo e dinheiro com a inspeção de fachadas e telhados, mas também monitorando as áreas comuns, jardins, crescimento de árvores, utilização de estacionamentos abertos entre uma gama de utilidades possíveis.

Mas sobrevoar um prédio com uma aeronave somente, não vai apresentar todas as patologias existentes na edificação, é muito importante que durante o voo, o engenheiro esteja presente e orientando o piloto sobre o que precisa ser feito e como fazer. Muitas vezes é necessário investigar minuciosamente cada metro quadrado da fachada, para se obter um resultado preciso e confiável.

Após coletar todas as imagens e vídeos, estas são analisadas novamente para determinar os tipos de patologias, causas e tratamentos, essa anamnese é feita por um engenheiro civil, que irá desenvolver o plano de recuperação da fachada ou o plano de ação para evitar o surgimento de novas patologias.

Gustavo Bihel é engenheiro civil, condominialista, de Petróleo e Gás, de Segurança do Trabalho, e de Avaliação e Perícias de Imóveis. Perito do TJ-RJ, auditor, professor e palestrante pós-graduando em Direito e Gestão Condominial e sócio proprietário da Bihel Engenharia.

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