Bichinhos comunitários, a nossa fronteira da sindicatura

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Olá, meus queridos e queridas, tudo bem? Esse mês de maio fomos surpreendidos com uma notícia falando sobre uma ação que ocorreu em Samambaia-DF em que uma moradora ganhou o direito de alimentar gatos na área comum do condomínio onde ela mora.

O síndico do condomínio havia multado essa mesma moradora por esse motivo e isso acabou se tornando uma ação judicial. Em primeira instância a decisão tinha sido favorável ao condomínio e em recurso à 1ª Turma Cível do TJDFT determinou que nem o síndico e nem o condomínio podem proibir moradora de colocar ração na garagem para alimentar gatos de rua.

 

O que eu venho conversar aqui com vocês não é a questão sobre se é crueldade ou não com os animais não serem alimentados onde quer que seja ou se é o apego emocional em pandemia ou pós-pandemia das pessoas com bichinhos de estimação. Eu mesmo tenho um animalzinho de estimação em casa que eu e minha família amamos muito. O que eu trago aqui para refletir é algo que acontece muito em condomínio, e, infelizmente, cada vez mais em uma sociedade de “mimimi”, é algo que se torna mais frequente: a constante fuga ou tentativa de fuga das responsabilidades, principalmente se morando em comunidade.

Para que vocês possam concordar ou discordar, se um gato desses arranha o carro inteiro do vizinho, como fica a questão? As fezes e urinas desses animais nas áreas comuns são ou não são uma questão de salubridade, e nesse caso, sim, seria responsabilidade do síndico tomar providências? Iniciando com um animal, quais as chances de daqui a pouco vários e vários outros não seguirem pelo mesmo caminho? É de responsabilidade da moradora que está alimentando e consequentemente mantendo esses animais dentro do condomínio?

Cabe a reflexão, pois cada vez mais esse tipo de situação vem acontecendo e exigindo dos gestores condominiais muita qualidade e atenção em seus posicionamentos.

Como dizem meus amigos: “Realmente, ser síndico hoje em dia não é para amadores.”

Antonio Carlos de Luca é CEO da Confiance Síndicos Profissionais. Síndico Profissional, técnico em Administração pelo Senac-RJ. Graduado em Educação Física pela UFRJ, graduado em Gastrologia pela UniSuam, certificado no Curso de Administração Condominial pelo Secovi-RJ, certificado como Gestor Predial Urbano pela APSA Administradora, certificado pelo curso de Síndico Profissional e especialista e certificado pelo curso sobre Assembleias Virtuais pela GÁBOR RH–SP, eleito melhor GPU (Gestor de Propriedades Urbanas) no ano de 2019 pela APSA Administradora e certificado “Síndico Cinco Estrelas” em 2021.

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