Segurança como prioridade na vida condominial

João Alberto, especialista em segurança condominial
Amir Sholomo, diretor regional de operações da Haganá RJ
Alex Sandro, gerente de operações da Haganá RJ

O que as pessoas pensam antes de investir na compra de uma casa ou apartamento? Os principais pontos seriam: área de lazer, localização (acesso a serviços públicos de transporte e facilidades de acesso entre outras), valor, segurança, transportes e outros serviços. No país, para alguns indivíduos, no entanto, a segurança é o principal benefício que uma residência pode oferecer. Ficando, para muitos, a frente do lazer e outros serviços tidos como prioritários. E isso porque, automaticamente, o futuro comprador poderá estar tranquilo para usufruir do seu bem. 

Segurança: Censo do Crime

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2021, 1,7 milhão de casas foram furtadas. Dentre os objetos subtraídos estavam: aparelho celular, eletrodomésticos, roupas ou calçados, dinheiro, joias, relógios, botijão de gás e até animais de estimação, ou seja, os ladrões não possuem nenhum tipo de critério na hora de assaltar domicílios, tudo que possui valor eles levam.


Assalto a casas e condomínios

Quando falamos em furtos a residências, a primeira situação que se imagina é incidente de violência associado a casas fora de condomínio. E esse entendimento é correto. De acordo com especialistas em segurança, elas são mais “expostas e vulneráveis” à violência. Porém, os condomínios não passam despercebidos como alvos da criminalidade. João Alberto, especialista em segurança condominial comentou sobre o assunto. 


Condomínios:
Cada vez mais visados

“Cada dia os crimes praticados contra condomínios aumentam no país, por vários motivos. O primeiro é o furto através de engenharia social é considerado crime de baixo potencial ofensivo. O segundo é que muitos são realizados por jovens sem antecedentes ou até menores de idade” – destacou.


Segurança:
E os condomínios?

Mesmo morando entre muros, portarias e possuindo seguranças, as copropriedades também sofrem diversas tentativas de furtos. Segundo o levantamento do Infocrim (Sistema de Informações Criminais), entre os anos de 2014 e 2018, foram registrados cerca de 12 mil ataques por mês a condomínios, em São Paulo. Já no ano de 2022, só no primeiro trimestre, foram registradas cerca de 2.500 ocorrências. 


Condomínios:
Histórico

Parando para observar o contexto histórico, no passado recente, os condomínios residenciais privados tinham como objetivo principal, a partir da concentração de moradias, obter um investimento compartilhado para ser possível oferecer uma área de lazer e outros serviços para as famílias. Obviamente que a segurança não era ignorada, porém ainda não era a prioridade para a maioria. 


A história mudou

Hoje, estados como Rio de Janeiro e São Paulo possuem alto índice de violência, o que fez mudar o planejamento das novas construções e, consequentemente a arquitetura das cidades. Desse modo, vimos a migração das casas para dentro de condomínios fechados ou a construção de condomínios de apartamentos – o que se tornou uma tendência e, sem seguida, um padrão. Atualmente, a  cidade do Rio, por exemplo, possui mais de 5.260 condomínios. 


Empresa de segurança

O representante da empresa de segurança privada Haganá, Alex Sandro, responsável pela promoção da segurança de vários condomínios em todo o país, foi entrevistado por um repórter da Revista dos Condomínios. Leia abaixo a entrevista. 

“Hoje com a escalada da criminalidade em nosso país, principalmente nas grandes capitais com o advento da narcomilícia, crescimento da diferença social e proximidade das áreas periféricas, essa ordem de prioridades se inverteu. Ao passar dos anos, a procura por residências dentro de condomínios particulares intensificou-se, na busca de locais protegidos por empresas de Segurança Privada e Segurança Eletrônica, criando verdadeiras barreiras operacionais com a finalidade de manter os meliantes extramuros” – informou Alex Sandro.


Lazer:
O segundo item na lista
das prioridades?

A partir do relato, acima, fica nítido que o lazer foi deixado em segundo plano na ordem de prioridade. O que antes era o principal foi relegado a uma segunda ou terceira posição por conta dos perigos. Morar em condomínios traz benefícios práticos para as famílias. De modo relevante, se pensarmos que nos dias atuais a tecnologia está cada vez mais presente e facilitando a vida das pessoas. 


Aumento da segurança:
tendência

É possível constatar uma tendência que já é uma realidade para condomínios de alto padrão. Eles possuem portarias com altíssima segurança, com: reconhecimento facial, leitor biométrico, câmeras de segurança de altíssima resolução, guaritas blindadas, acesso por catracas limitadoras (com passagem para apenas uma pessoa), além dos profissionais de segurança, que muitas vezes estão armados. 


Investimento em segurança:
Valorização das unidades

A conclusão que se chega, a partir dos relatos dos especialistas é que os dispositivos de segurança estão cada vez mais presentes no mercado e a disposição para aqueles que dispõem de recursos para adquiri-los. Mas alguns deles não são, necessariamente, acessíveis economicamente. Principalmente os síndicos, precisam estar cientes de que a manutenção do valor dos ativos (as unidades domiciliares), de propriedade dos condôminos, só se manterão no futuros caso haja um investimento em segurança. 

Contatos

João Alberto

Grupo Haganá - José Canossa, Amir Sholomo e Alex Sandro

Link